“Duque” espanhol venceu em Bragança

Vicente Garcia de Mateos ganhou ao sprint, esta quinta-feira, 30 de julho, a primeira e mais longa etapa da 77ª Volta a Portugal Liberty Seguros. Numa chegada em bloco para um primeiro pelotão com cerca 40 elementos, o espanhol da formação Louletano-Ray Just Energy conseguiu bater pela diferença mínima, o algarvio Samuel Caldeira (W52-Quinta da Lixa) e o italiano Davide Vigano (Team Idea 2010 ASD).

“Esta é uma das vitórias mais importantes da minha carreira!” Foram as primeiras palavras do vencedor, de 26 anos, profissional desde 2009. Com o triunfo o espanhol vestiu a Camisola Vermelha BIC da classificação por pontos. O Camisola Amarela, o belga Gaetan Bille (Verandas Willems Cycling Team), terminou com o tempo do vencedor, integrado no pelotão, e apesar das dificuldades manteve o comando da prova. “Foi muito difícil manter a camisola. O trabalho da equipa foi determinante”, referiu o belga sorridente, mas novamente sem acreditar que pode continuar líder com as montanhas que se aproximam. Nas contas entre os primeiros classificados, Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa) manteve o segundo lugar a três segundos de diferença e Samuel Caldeira surge agora na terceira posição a 15 segundos do primeiro.

Na festa de Bragança, que há 15 anos não recebia a Volta a Portugal, mereceu também honras de pódio para Hector Benito (Caja Rural-Seguros RGA). O espanhol vestiu a Camisola Branca RTP, símbolo que premeia o melhor jovem em prova e recebeu igualmente o Prémio Kombinado Kia. Desaparecido do palmarés da Volta a Portugal desde 2000, este prémio regressa agora para brindar o vencedor do somatório da pontuação nas diversas classificações da prova.

“Os Cinco” em fuga na etapa mais longa

O entusiasmo das gentes de Pinhel, à partida, fazia prever um regresso memorável do Nordeste Transmontano à Volta a Portugal. E assim foi ao longo de quase 197 quilómetros. Esta primeira etapa, a mais longa desta edição, foi protagonizada inicialmente por um quinteto que insistiu em “dar música” durante mais de metade da tirada.

A Serra de Bornes, onde um Prémio de Montanha de 2ª categoria prometia causar grandes dificuldades era o maior obstáculo do dia além da longa quilometragem. Na subida o grupo dos cinco fugitivos começou a desintegrar-se depois de 90 quilómetros juntos. O quinteto transformou-se em trio e foi o português Bruno Silva quem assumiu a posição de maestro. Já com uma vitória amealhada no primeiro Prémio de Montanha, em Via Nova de Foz Côa, o corredor da LA Alumínios-Antarte venceu no alto de Bornes, e assumia, desde logo, a Camisola Azul Fundação do Desporto. A 45 quilómetros da meta, Alberto Gallego (Rádio Popular-Boavista) decidiu deixar para trás os companheiros de fuga e atacou. Resistiu até à primeira passagem pela meta quando restavam 14 quilómetros para o fim da etapa. Esta “teimosia” valeu-lhe o Prémio de Combatividade Conselheiros da Visão. Depois foi um pelotão reduzido a cerca de 40 unidades quem atacou a reta da meta, em Bragança onde venceu Vicente Garcia de Mateos.

Pedaladas cumpridas, o espanhol, primeiro a cortar a meta, subiu à balança ainda antes de ser brindado no pódio. Estranho? Não! É a iniciativa “Portugal é Nobre”. Diariamente o peso do primeiro corredor a cortar a linha de meta é convertido em produtos oferecidos pela NOBRE a uma Instituição de Solidariedade Social selecionada por cada município que recebe os finais de etapa da Volta. Esta quinta-feira foram entregues 65,5 Kg à Associação Sócio- Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes.

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